domingo, 13 de fevereiro de 2011

Historia das Lentes Oftalmicas

 
  • Um panorama sobre a origem e os progressos das lentes oftálmicas, passando por um imperador chinês dois mil anos antes de Cristo, pelos Fenícios até a criação da dioptria prismática, no final do século XIX.
  • O indício mais remoto de que se tem notícia sobre uma lente oftálmica é datada da era pagã. Em 2283 a.C., a fim de observar as estrelas, um imperador chinês usou lentes fabricadas em cristal de rocha, quartzo ou ametista para observar as estrelas.
  • Já antes do final do primeiro século da era cristã, os fenícios, inspirados pêlos chineses, iniciaram a arte da fabricação do vidro, descobrindo que a mistura de areia ao salitre, fundida pelo calor do sol, resultava em vidro bruto. Durante as escavações de Pompéia, foram encontrados alguns vidros convexos, porém a distância focal dessas lentes era tão pequena que elas não poderiam ser usadas diante dos olhos.
  • Até o século XIII, pela ausência de registros, supõe-se que a arte de fabricação do vidro tenha sido deixada de lado. Mas foi nesse século que fervilharam novos fatos. Dados históricos indicam que, por volta dessa época, o vidro foi conhecido pôr chineses e europeus. Nessa época, na China, os idosos usavam lentes para distinguir pequenas figuras. Seus óculos eram bem diferentes do que aqueles usados pêlos europeus, que tinham apoio no nariz e aros redondos.
  • O monge e filósofo inglês Roger Bacon foi pioneiro no desenho de lentes por volta de 1268. Tais lentes eram fabricadas de cristal ou vidro, sendo positivas biconvexas. Em 1285, em Florença, na Itália, Salvino Del Armati anunciou-se como o inventor dos óculos. Em uma igreja, após sua morte, foi encontrada a seguinte inscrição em uma pedra: "Aqui jaz Salvino Del Armati de Florença, o inventor dos óculos, morto em 1317".
  • Quase 150 anos depois, em 1465, o fabricante de óculos Guild tomou parte numa exposição de mercadores e artesãos diante do Rei da França. No século XVI, já começaram a ser vendidas lentes negativas para correção de miopia. Em 1551, máscaras eram utilizadas para o tratamento de estrabismo: ao olhar através de uma pequena abertura, o olho defeituoso era forçado a voltar à posição normal. Também por volta dessa época, fabricavam-se vidros coloridos para proteção contra a claridade – data de 1561 a produção das primeiras lentes verdes, na Inglaterra.
  • O século XVII ficou marcado como era de progressos no campo óptico. Em 1608, Galileu popularizou o telescópio. Isaac Newton conduziu suas famosas experiências, descobrindo que a luz branca é composta de raios de luz de diferentes cores. Em 1672, foram fabricadas as primeiras lentes azuis e, no decorrer desse século, já começaram a aparecer às primeiras lojas de ótica na Europa e, no século seguinte, nos Estados Unidos.
  • Em 1716, o matemático alemão, G. Hertel indicou o uso de lentes "menisco". O mesmo fez o professor técnico A.G. Luteman três anos depois. Em 1767, têm-se notícias das primeiras lentes de cor cinza.
  • No século XIX, um grande avanço foi conseguido na fabricação de lentes corretoras dos erros de refração quando, em 1801, o cientista inglês Thomas Young descobriu o astigmatismo. O astrônomo inglês George Airy foi o primeiro indivíduo a receber os benefícios da correção dessa deficiência. Com a ajuda do óptico Fuller, em 1827, Airy corrigiu seu próprio astigmatismo.
  • Em 1804, o inglês Wollaston defendeu o uso de lentes "menisco" com combinação especial de curvaturas, em vez de lentes biconvexas e plano-convexas, patenteando-as. Ele as chamou de "periscópicas", graças à curva côncava mais próxima dos olhos, proporcionando melhor visão e maior campo visual. Em 1832, a Inglaterra também foi a responsável pela fabricação das primeiras lentes marrons.
  • Nos anos 1840 e 1844, registrou pela primeira vez o uso de lentes tóricas, quando o óptico italiano Suscipi utilizou-as para correção do astigmatismo. A lente tinha uma superfície esférica no lado convexo e outra tórica no lado côncavo. Também em 1844, os primeiros prismas foram recomendados.
  • Em 1875, ocorreu um novo avanço da ciência. Nagel criou a escala de medidas refrativas (dioptrias), adotadas internacionalmente. Já em 1866, ele recomendava o sistema métrico, ligado à dioptria, para designação do poder das lentes, em lugar do sistema inglês de polegadas, em uso até então. O termo "dioptria" foi proposto pelo francês Monoyer, que é agora adotado universalmente e baseado na distância focal de um metro.

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